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Estavam todos ali. O barco pronto para entrar em alto mar. A previsão era pra peixe navegar de costas, boiando. Lá fora, mar a dentro, a fumaça do vapor, era dada por montinhos de cigarros mal apagados. O barco colocado na água navegava de uma ponta a outra pelo sopro e o empurrar das mãos. Mas o “Danado”, vendo tudo bem bolado, enjoou. Resolveu fazer ventania com o rabo. E a água, ao som da gritaria, elevava ondas de baba branca. O barco sentiu na celulose a penetração. No espaço apertado deram alguns esbarrões. Não naufragaram. Com o balançar, cabeças se juntaram fazendo o contrapeso. E da aventura do menino, em sua banheira, sobreviveram todos, menos o barco que de papel se desmanchou.
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