terça-feira, 28 de julho de 2009

AH TÁ...

confesso que num fundo não muito fundo, as lágrimas se fazem presente e somatizam com outras que estão mais ligadas a minha pessoalidade, ou ao que sobrou dela, uma pena, uma pena dormir numa cama que não era a minha na fatídica segunda feira, uma pena vê-la dizendo que está magoada, que estava indo pra casa da mãe e que esperava mais de mim, mas o encontro de segunda foi bom, mesmo com o desespero de ligar para o F., mesmo com o barulho, com a preocupação - sim, preocupação - com a consorte do malufinho. e com a bola fora da Dialogia..., com os segundos que me faziam imaginar a minha vida assim que saísse do Girondino e todas as coisas que conversei com a dê. no carro, ótimos conselhos, mas que só me aproximaram mais de uma realidade que não sei se estou pronto pra aguentar, pra assumir, falo da minha vida - sempre falo da minha vida - uma pena, então saborosa como nunca foi, então honesta como nunca foi, mas, foi... antes de chegar no bar armei-me de carapaças protetoras que comprei em um site japonês, coisa de shogun, aliás, sempre adorei o shogun, forte e imbatível, entretanto, me fizeram esqueça-las nalgum canto sujo e cheio de baratas da minha mochila, despi-me antes de ver se tinha ficado bom, se era o meu número, se ficava bem na bunda, se caía bem nos ombros, tudo o que aprendi em relação a vestir-se bem nos últimos anos... não é preciso que a indumentária seja cara, de grife, é preciso, antes de tudo, saber se ficou bem na bunda, porque a bunda é o caminho para a rota para o trajeto para o trâmite para a jornada para o infinito, se quiser, daquilo que almejamos e sonhamos possível, sonhamos verdade, perdemos o sono, de uma maneira boa, de um modo tranquilo, é a bunda que te senta e não você a ela, é um pedido e uma novena, é querer mais que bem querer, é foda é filho é merda é nada é foda é merda é cãibra é despir-se de filosofias e de métodos e de dinossauros e de adolescentes, como aqueles do texto do cláudio, como aqueles do texto do bronts, como aqueles que não somos mais, é foda é merda é tudo é ainda afã, affair, afins, é ainda manipulação e raiva, é sem dó, sem medo, sem textura, tessitura, tesão, é só a bunda.

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