Os besouros chegaram à mesa. Eram quatro, talvez três... ou cinco. Quando abrem as asas é difícil contá-los. Tocavam as antenas. Primeiro pensei que gladiavam-se, mas nenhum parecia ferido. Aproximei-me da janela através da qual podia ver a mesa. Não me surpreendeu descobrir, os besouros tinham bocas, e línguas. Não compreendia a conversa. Na escola preferi estudar espanhol, negligenciando a língua besouro.
Arrependo-me até hoje. Perdi um emprego por não falar besouro fluente.
(Por Ricardo Delfin)
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